segunda-feira, 2 de julho de 2012

Interpretando texto


A VELHA CONTRABANDISTA

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.
 Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:
 - Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
 A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo e respondeu:
 - É areia!
 Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
 Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas às vezes, o que ela levava no saco era areia.
 Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
 - Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
 - Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
 - Eu prometo à senhora que deixo à senhora passar. Não dou parte, não apreendo não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
 - O senhor promete que não “espaia”? – quis saber a velhinha.
 - Juro – respondeu o fiscal.
 - É lambreta.
 (Stanislaw Ponte Preta)

Interpretando o texto
1) O que a velhinha carregava dentro do saco, para despistar o guarda?
_____________________________________________________________________________
 2) O que o autor quis dizer com a expressão “tudo malandro velho”?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
 3) Leia novamente o 4º parágrafo do texto e responda:
Quando o narrador citou os dentes que “ela adquirira no odontólogo”, a que tipo de dentes ele se referia?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
 4) Explique com suas palavras qual foi o truque da velhinha para enganar o fiscal.
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
 5) Quando a velhinha decidiu contar a verdade?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
6) Qual é a grande surpresa da história?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
 7) Numere corretamente as frases abaixo, observando a ordem dos acontecimentos.
( ) O fiscal verificou que só havia areia dentro do saco.
 ( ) O pessoal da alfândega começou a desconfiar da velhinha.
 ( ) Diante da promessa do fiscal, ela lhe contou a verdade: era contrabando de lambretas.
 ( ) Todo dia, a velhinha passava pela fronteira montada numa lambreta, com um saco no bagageiro.
 ( ) Mas, desconfiado, o fiscal passou a revistar a velhinha todos os dias.
 ( ) Durante um mês, o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
 ( ) Então, ele prometeu que não contaria nada a ninguém, mas pediu à velhinha que lhe dissesse qual era o contrabando que fazia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário